quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um talvez em certeza

As minhas pretensões encontram-se corrompidas dentro de minha própria semântica emocional. Não há nada mais ambíguo nesse mundo. Paradoxos sentimentais que afloram a todo momento, causando uma bipolaridade que incomoda. Como um mundo de fotografias em preto e branco pode ser convidativo a todo momento? Ao colorir minhas ideias elas tornam-se utópicas demais para serem aceitas, até por mim mesma. Que às vezes eu nem sei quem sou.

Ou seja, se o preto e branco torna-se corriqueiro demais e o colorido desafia as possibilidades lógicas, há de haver um meio-termo nisso tudo. Regular o brilho e contraste da minha vida, corrigir a gama para que fique ameno, como um tom pastel. Equilíbrio, tranquilidade e calmaria. Perfeito? Não.

A bipolaridade à qual me referi me impede de aceitar uma vida em tom pastel. Vivo em um turbilhão de emoções, ou estagnada em meus próprios pensamentos pessimistas. Ou o otimismo me impulsiona, ou o pessimismo me derruba. Em geral sou otimista. Mas encontro-me em um momento de mudança profunda e definitiva em minha vida, isso me assusta. Por vezes me vejo escondida em baixo do meu cobertor, como se por estar ali nada de mal pudesse me acontecer. Como se me escondendo em cima da minha cama, nada mais fosse mudar, o tempo fosse parar e eu não tivesse mais que mudar tão bruscamente minha vida. Sinto necessidade de mudança, mas apenas como uma onda, não como um ressaca a qual desconheço as proporções. Sinto medo. Entusiasmo. Ansiedade. Dúvida. Tristeza. Saudade. Alegria. E muito amor.

Enquanto questiono os dois lados de minha mente, a vida segue. Rápida. Ininterrupta. E eu ainda me escondo em baixo do cobertor.

domingo, 17 de maio de 2009

Rotina

E amanhã começa tudo de novo.

Mais uma semana inerte, que vai passar vazia, sozinha, quieta, largada num canto frio da minha memória.

Os dias passam devagar, se arrastam numa lentidão que me persegue, me aflige, me deixa inerte. Não tenho vontade de fazer nada por esses dias. Só tenho vontade que eles passem, pra que eu possa ter vontade de fazer algo de novo. E algo novo.

Algo que me satisfaça, pois a minha rotina tem me consumido, regredido, diminuído e entediado.

Não sei mais onde me esconder dos meus próprios dias.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Quem sou eu

Eu sou feita de saudades de dois pares de olhos claros.
Eu sou feita de vontades e ansiedade.
Eu sou feita de riso e lágrimas.
Sou, enfim, um equilíbrio desequilibrado por cima de um rosto infantil e uma alma excêntrica que insistem em me fazer ser eu.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

TPM

Eu sempre fui temperamental. Por vezes agressiva, chorona, dramática. E desde que a TPM entrou na minha vida, tudo mudou... Pra pior.

Nessa época eu choro porque um grão de areia caiu no chão, porque me fizeram uma pergunta. Eu grito porque alguém se levantou ou me deu 'bom dia'. Mas é incontrolável. As pessoas não entendem...

Eu não queria ser assim, é desagradável pra todo mundo, ainda mais pra mim mesma... Mas não tenho como mudar isso. Tento controlar, muitas vezes em vão. Mas eu tento.

O pior é que parece que justamente nessa semana desequilibrada é que as pessoas resolvem abusar, me encher a paciência, acabar com meu humor. Essas semanas de humor ácido são as mais estressantes, o universo conspira contra a minha paciência, e aí eu estouro. Nem que seja por dentro.

Lei de Murphy.

domingo, 10 de maio de 2009

Banalidades tão necessárias.

Eu sou fútil. Claro que não o tempo todo, mas eu tenho meu lado fútil, mulherzinha... Só não sou fresca. Mas sou fútil. E todo mundo é um pouco.

Ter caprichos, preferências, gostos, desejos, vontades é natural, é humano e é essencial. Mentiroso é quem diz que não tem. Perfumes, maquiagem, roupas... Gosto sim. Mas livros, cadernos e canetas estão sempre comigo. Também sei apreciar uma bela paisagem e andar de pé no chão! Contar piada e andar de tênis e camiseta, rabo de cavalo e sem maquiagem.

Não sou uma boneca de porcelana, frágil. Mas também não sou uma boneca de pano rasgada.

O que conta nessa vida é bom senso e naturalidade. Não adianta querer ser o tempo todo uma pessoa cult, nem o tempo todo uma pessoa com cabeça de ovo. Extremos são extremamente desagradáveis.

Seja você. E equilibre-se.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

De volta à realidade

Depois de passar férias no paraíso.

A saudade é apenas um estado momentâneo. Uma condição em certos momentos da vida. Não podemos deixá-la tomar conta dos outros sentimentos. Ela tem que ser uma mera coadjuvante do coração. A sócia minoritária. Digo isso porque tenho sentido muitas saudades, estou convivendo com a distância e de uma forma devastadora. Mas tudo tem seu lado bom. E se essas saudades incomodam tanto é porque vivo coisas boas na vida, conheço pessoas realmente especiais e importantes que amo de verdade.

Passei uma semana em companhia do meu amor. A cada segundo tenho mais certeza que é ele. Estou amplamente feliz. Com saudades, mas sublimemente alegre. Porque eu amo e sou amada. Por pessoas muito, muito especiais.

E de volta à realidade!