Os olhos, que um dia brilharam, estão fechados.
As mãos, que se moviam docemente, estão inertes.
As lembranças, que formavam uma vida, se apagaram.
Tudo, físico ou não, se foi.
O calor, que mantinha o corpo, esfriou.
As palavras, que saíam da boca, se calaram.
O som, que era ouvido, agora é ignorado.
Que banal é a morte, quem a criou?
Depois de tudo, o nada.
Construir para deixar para trás,
Se leva algo daqui?
Ninguém sabe, dos mortais.
Dizem que os erros são levados,
Os pecados contestados,
O acertos cobrados.
Mas, e daí?
Para que nascer, crescer, procriar?
Para envelhecer e morrer?
Não faz nenhum sentido viver...
A vida não pode ser tão banal.
Para que existe o mundo?
Por quê? O que há além daqui?
Perguntas tão vazias de respostas.
Não há porque fazê-las, enfim!
Então, viva. Cada dia.
Porque tudo isso aqui... Não faz mesmo sentido.