quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sem sentido

Os olhos, que um dia brilharam, estão fechados.
As mãos, que se moviam docemente, estão inertes.
As lembranças, que formavam uma vida, se apagaram.
Tudo, físico ou não, se foi.

O calor, que mantinha o corpo, esfriou.
As palavras, que saíam da boca, se calaram.
O som, que era ouvido, agora é ignorado.
Que banal é a morte, quem a criou?

Depois de tudo, o nada.
Construir para deixar para trás,
Se leva algo daqui?
Ninguém sabe, dos mortais.

Dizem que os erros são levados,
Os pecados contestados,
O acertos cobrados.
Mas, e daí?

Para que nascer, crescer, procriar?
Para envelhecer e morrer?
Não faz nenhum sentido viver...
A vida não pode ser tão banal.


Para que existe o mundo?
Por quê? O que há além daqui?
Perguntas tão vazias de respostas.
Não há porque fazê-las, enfim!

Então, viva. Cada dia.
Porque tudo isso aqui... Não faz mesmo sentido.