sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Enigma do medo

Rostos nublados e enigmáticos
Mãos frias e preocupadas
Gargantas secas
E uma vontade contida de gritar.

Olhos vagos de pensamentos
Bocas vazias de palavras
Momento estático
E um arrepio congelante pelo corpo.

Talvez o último dia
O último momento tenebroso
Quem sabe o que houve?
Nem quem esteve lá se lembra.

A lembrança repugnante atormenta
Os espelhos parecem escutar
Tudo aquilo que se diz em pensamento
Invade espíritos e destrói sem falhar.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Desagarro

Não desista
Não se limite
Faça o que há para ser feito

Quebre o meu sorriso
Destrua meu pensamento
E faça, sem hesitar ou mentir, o que quiser.

Viva sem mim, e me obrigue a fazer o mesmo
Me mate de chorar, triplique a minha angústia
Mas seja feliz.

Desgoste seu passado, esqueça-o.
Recomece, invente e seja
Tudo aquilo que, mesmo sem saber, eu não te deixei ser.